top of page

LEIA

13 de fev. de 2023

Quando uma torcida ergueu seu próprio estádio

Sim, você conhece uma história parecida, mas não estamos falando dela.

por

Artur Magalhães

Olha o que a TV não te mostrou na final da Libertadores 2024
11:03
Por que é tão difícil o Santos sair de...Santos | BAIRROS #02
08:46
Por que nada vai conseguir separar o Grêmio do gremista | BAIRROS #03
07:13
Por que é impossível tirar o Vasco da favela | BAIRROS #01
09:37
Acabou a zica: o ano em que a torcida do Botafogo foi escolhida
08:29
Como a política acabou com a Ligue 1 na França
12:56
ESSE FOI O REBAIXAMENTO MAIS ABSURDO QUE VOCÊ NÃO VIU
11:50
POR DENTRO DA TORCIDA MAIS REGGAE DO MUNDO
13:35
POR QUE ESSE SOM NA TORCIDA DO VITÓRIA É DIFERENTE DE TUDO QUE VOCÊ JÁ VIU
11:03
POR QUE É PROIBIDO TOCAR FUNK NA TORCIDA DO PAYSANDU
15:06
É POR ISSO QUE O KROSS NUNCA MUDA DE CHUTEIRA
04:37
POR QUE AUTORIDADES SUGEREM M4C0NHA EM VEZ DE ÁLCO0L NA EURO 2024
03:02

É muito provável que você já conheça a história de São Januário e de como a torcida do Vasco enfrentou o racismo e ergueu seu próprio estádio naquele episódio que ficaria conhecido para sempre como a grande ‘Resposta Histórica’. Se não sabe disso ainda, te recomendo o Radar PELEJA número 70; nele, contamos o porquê de todos os poderosos do futebol odiarem o Clube de Regatas Vasco da Gama no início do século.


Bom, o interessante é que existe outra história semelhante, também no futebol sul-americano, mas que é bem menos conhecida.


No dia 1 de outubro de 1912 era fundado o Club Cerro Porteño, em Assunção, no Paraguai. O clube nasceu no famoso bairro de Obrero, que leva esse nome devido a seus moradores serem, em grande maioria, da classe trabalhadora, serem operários, obreros. Desde essa data, o bairro passou a respirar as cores azul e grená. Nas paredes pintadas e grafitadas, nas bandeiras amarradas nas janelas, nas pipas que colorem o céu.

Popularmente conhecido como Ciclón, o Cerro costuma mandar seus jogos na Olla Azulgrana (a panela Azul-Grená, em português), que desde 2017 passou a ser La Nueva Olla Azulgrana. E a história que te conto é sobre isso.


O estádio foi construído em 1970, e era imponente, mas não tinha uma grande capacidade e a infraestrutura não era das melhores. Então, os jogos mais importantes do clube acabavam sendo disputados longe de casa, geralmente no conhecido Defensores del Chaco.


REPRODUÇÃO

Até que, em 2015, o clube anunciou que reformaria sua casa. E foi aí que a torcida entrou em cena. A hinchada do Cerro mostrou todo o seu amor pelo clube e, literalmente, colocou as mãos na massa para reformar sua casa. Os torcedores que se voluntariaram para ajudar na obra pegaram os materiais e começaram os trabalhos. Antes disso, o clube forneceu cursos profissionalizantes para os que quisessem participar. Quem não podia contribuir com a força braçal, ainda o fazia na parte financeira: a torcida ajudou a pagar os US$22 milhões (aproximadamente R$73 milhões, na época) de custo da reforma.


Depois de 2 anos, 8 meses, 18 dias e muito suor derramado, a Nueva Olla Alvigrana, sob o slogan de ser ‘el estadio más grande del país’, foi reinaugurada. A reforma possibilitou uma significativa ampliação, garantindo uma capacidade de mais de 45.000 torcedores. O estádio novo ainda manteve seu formato inicial e tradicional, não seguindo a padronização das modernas e elitizadas arenas.


REPRODUÇÃO

A reinauguração foi em uma partida comemorativa contra o Boca Juniors, e é claro que o estádio estava completamente lotado para o amistoso. A torcida, grande protagonista dessa reforma, tomou conta da arquibancada, fez uma festa histórica e criou uma atmosfera memorável dentro da Olla, que pareceu de fato uma panela de pressão.


REPRODUÇÃO

Em forma de agradecimento, o Cerro convidou todos os torcedores que ajudaram a erguer o estádio a deixar seus nomes eternizados nas paredes do monumento. É possível visitar o lugar com certa facilidade e os ingressos dos jogos são, em média, baratos. O estádio tem um caráter realmente popular.


A divulgação do projeto da reforma é emocionante e o estádio que ficou conhecido como ‘La Capital del Sentimento’ faz jus à fama.



Uma última curiosidade sobre a Olla é que para o plantio de todo o seu gramado foram usados pedaços de grama que sobraram das construções das arenas da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Logo, há resquícios - e muitos - do futebol brasileiro nesse solo completamente paraguaio.


ASSISTA

marca PELEJA na cor branca

PELEJA ©  Todos os direitos reservados

O futebol que ninguém fala, mas que todo mundo vê.

©2024 por PELEJA MEDIA

  • Instagram
  • novo-logotipo-do-twitter-x-2023-download-do-vetor-do-logotipo-do-twitter-x_691560-10809 co
  • TikTok
  • Facebook
  • Youtube
bottom of page