Com apenas 50 anos de existência, o Paris Saint-Germain sonha em se tornar um gigante na Europa. Propriedade de um fundo do Catar desde 2011, o clube passou por transformações profundas desde que foi comprado. Jogadores mudaram, estruturas mudaram, o escudo mudou – e muito!
Por falar em escudo, o PSG é um dos clubes que mais trocaram de emblema na história do futebol: 9 em meio século, o que significa um novo distintivo a cada 5 anos e 5 meses. O primeiro, criado em 1970, era bem simples. Uma bola para simbolizar o futebol e um barco para representar a cidade.
Dois anos depois, uma reformulação total. A famosíssima Torre Eiffel apareceu juntamente com um berço, que faz referência ao Rei Luís XIV, e uma flor-de-lis, outra marca da monarquia francesa. Esse escudo foi usado em dois períodos diferentes da história parisiense.
Passados 10 anos sem alterações, decidiram homenagear o Parc des Princes, estádio onde o clube manda seus jogos, e adicionaram uma imagem dele embaixo do distintivo, que passou por modernizações nos formatos dos elementos e nas tonalidades das cores. Esse, sem dúvida, foi um dos mais inovadores do futebol.
No início da década de 90, mudaram de ideia e voltaram com o emblema antigo. Mas a decisão, claro, também não durou muito e logo outra transformação radical foi aprovada por lá. O escudo, pensado para estar em sintonia com o novo patrocinador, era tão básico quanto o primeiro: apenas as iniciais e o nome por extenso na parte inferior.
O patrocínio, iniciado em 1992, era do Canal+, um dos canais de televisão mais conhecidos da França. Foi com esse escudo que as coisas melhoraram e o clube sentiu o gostinho da glória. O brasileiro Raí chegou e logo assumiu o lugar de craque do time, que ainda tinha George Weah, David Ginola e Ricardo Gomes; juntos, conquistaram todos os títulos nacionais possíveis e foram à semifinal da Champions algumas vezes.
Na segunda metade da década, o antigo distintivo retornou. Dessa vez com o nome e o ano de fundação dentro de uma borda branca. Em 2002, modificações nas cores, tamanhos, formatos das letras e nas bordas foram feitas.
Surfando na onda das internacionalizações das marcas, o PSG, ostentando na fase bilionária, mudou pela última vez. “Paris” ganhou mais destaque, o já conhecido berço foi deixado de lado e a flor-de-lis foi remodelada tanto na cor quanto no tamanho. No aniversário de 50 anos, detalhes em dourado foram acrescentados, mas só duraram uma temporada mesmo.
Com esse emblema, uma caminhada cheia de controversas começou. De um lado, centenas de críticos à quantidade de dinheiro despejada no time e de defensores da máxima “tradição não se compra”; do outro, milhares de jovens encantados com os grandes jogadores que anualmente desembarcam para vestir as belíssimas camisas rouge-et-bleu. Thiago Silva, Ibrahimovic, Cavani e, recentemente, a dupla Neymar e Mbappé, foram contratados para tornar o Paris Saint-Germain uma máquina de triturar adversários e conquistar títulos nacionais - e estão conseguindo.
Se acusam o clube de não ser tradicional e tentar furar a fila com caminhões de dinheiro, os torcedores juram que não é bem assim. Os ultras do PSG são dos mais fanáticos da Europa e, com músicas, sinalizadores, mosaicos e bandeirões, mostram que o amor existe independente da grana, transformam o ambiente em um caldeirão e infernizam qualquer um – Neymar, hostilizado por tentar ir embora, que o diga. E falando em torcida, o PELEJA foi até Paris para entender melhor a história de que existe um grupo secreto de apoiadores do clube que seguem umas regras e tem uns costumes bizarros. Se liga:
De uma forma ou de outra, torcedores – pobres ou ricos -, jogadores e donos compartilham de um sentimento: a obsessão pela Champions League. Será que é com esse escudo que o PSG finalmente conquistará o que mais deseja?