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21 de out. de 2023

Corinthians x Palmeiras e a maior final da história da Libertadores feminina

Essa será a primeira vez que o derby paulista acontecerá na competição, e a decisão colocará frente a frente projetos inovadores e vitoriosos.

por

Cinthia Guimarães

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Afinal da Copa Libertadores da América feminina de 2023 terá o derby entre Corinthians e Palmeiras. Essa será a primeira vez que as equipes se enfrentam na competição e prometem mais um grande capítulo na história de rivalidade entre eles. Os dois clubes se tornaram uma potência na modalidade, e isso tem a ver com os projetos inovadores e ousados das instituições.


O Palmeiras criou o seu time feminino em 1997 e foi um dos primeiros a investir na modalidade no esporte nacional. Poucos anos depois da fundação, a equipe já experimentava um sucesso impressionante: campeã do Campeonato Paulista em 2001, dos Jogos Regionais em 2005, 2008 e 2010, além de ser vice-campeã da Taça Brasil em 2000.


Após um período de inatividade de 7 anos, o Alviverde apostou em um projeto ambicioso de figurar entre os protagonistas dentro e fora de campo a partir de 2019. Na temporada inicial, colheu os primeiros frutos sagrando-se campeão da Copa Paulista de Futebol Feminino e garantindo acesso para disputar a Série A1 do Campeonato Brasileiro. Já em 2020, as palestrinas disputaram os dois campeonatos e fizeram história ao chegar à semifinal de ambas pela primeira vez, assumindo o posto de uma das quatro melhores equipes do país. Na mesma temporada, o sucesso do Palmeiras feminino fez a fornecedora de material esportivo do clube, a PUMA, fechar acordo inédito com o time para patrocinar 23 atletas.


Em 2021, o elenco do Palmeiras ganhou reforços e alcançou um feito inédito na história do clube: se classificar para a Copa Libertadores. Elas tiveram a melhor campanha na primeira fase do Brasileiro e fecharam a competição nacional como o segundo melhor ataque. Já no ano passado, a equipe conquistou o tão esperado título da Libertadores feminina na primeira participação do clube na competição. O time apresentou a segunda melhor campanha da fase de grupos e na decisão aplicou uma goleada sobre o Boca Juniors para levantar a taça. Para dar fim a uma temporada histórica e inédita, elas ainda conquistaram o título do Campeonato Paulista em uma partida que contou com o apoio de 20.071 torcedores, recorde de público da modalidade no Allianz Parque.


A equipe feminina do clube ainda se destaca no número de atletas que fazem parte da Seleção Brasileira, tendo um total de 15 jogadoras no grupo em 2021. Além disso, a modalidade passou a ter uma maior utilização do Allianz Parque e investimentos na sede administrativa e no centro de treinamento.


As principais conquistas do clube são uma Copa Libertadores (2022), dois vices do Brasileiro (2000 e 2021), dois títulos do Paulista (2001 e 2022), três Jogos Regionais (2005, 2008 e 2010) e dois títulos da Copa Paulista (2019 e 2021).


Já no lado do Corinthians, o time feminino passa por uma história parecida com a do Palmeiras. O Alvinegro deu o pontapé inicial na categoria em 1997, tendo como um dos maiores destaques da equipe e revelação na categoria a jovem Milene Domingues. Entretanto, ao não se firmar, a equipe acabou sendo desativada em 2008.


A instituição voltou a ter um time na modalidade em 2016, quando acertou uma parceria de dois anos com o Grêmio Osasco Audax, mas que ao final foi produtiva e colocou as alvinegras no mapa do futebol feminino brasileiro e sul-americano. Durante o período, elas conquistaram a primeira Copa do Brasil do clube e levantaram a primeira Libertadores (2017) - a partir daí, a diretoria decidiu gerir a equipe sozinha, com os próprios ideais.


Cris Gambaré, que na época era conselheira do clube, se tornou diretora do futebol feminino, e o técnico Arthur Elias foi o responsável por treinar o time nessa nova era - os dois foram os grandes protagonistas do projeto corinthiano. Desde o início, Cris teve apoio do clube para fazer os investimentos necessários na equipe, incluindo médicos, preparadores físicos, psicólogos e nutricionistas próprios. Enquanto isso, Arthur montou um time quase imbatível, com um estilo de jogo próprio e a contratação de jogadoras que se tornariam destaque posteriormente.

Além disso, a modalidade possui um espaço destinado à base no CT Joaquim Grava, com uma grande infraestrutura para a formação das atletas - o Parque São Jorge, por exemplo, passou por reformas para abrigar até 5 mil pessoas e se tornou a casa oficial da equipe feminina, mas em jogos importantes, como as finais, os confrontos são disputados na Neo Química Arena.


Em 2020, pensando nos direitos das atletas, o Corinthians anunciou uma açã inédita: a profissionalização de todo o elenco - o que dobrou o investimento na modalidade. Assim, as jogadoras passaram a ter registro na carteira de trabalho, garantindo direitos como o de imagem e multa rescisória em contrato, evitando saídas repentinas do clube.


Assim, com o incentivo e investimento na modalidade, o time se tornou tricampeão da Copa Libertadores (2017, 2019 e 2021), tricampeão do Campeonato Paulista (2019, 2020 e 2021), tri do Campeonato Brasileiro (2018, 2020 e 2021) e conquistou uma Copa do Brasil Feminina (2016), além da primeira edição da Supercopa do Brasil Feminina, que ocorreu em 2022, em uma das histórias mais espetaculares do futebol.


Atualmente, as duas equipes estão no ranking das melhores do futebol feminino feito pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol. Até o momento, os clubes já se enfrentaram em 24 partidas, sendo 14 vitórias do Corinthians, 5 do Palmeiras e 5 empates. Com projetos inovadores, consistentes e vitoriosos, os times se enfrentarão pela primeira vez na Libertadores, e logo em uma final, protagonizando o ápice do clássico e contribuindo para o fortalecimento da rivalidade na modalidade dentro e fora do Brasil.

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